Trabalhamos nas ruas focalizando pessoas que se encontram em situação de extrema vulnerabilidades social,
intervindo no risco social apresentado e capacitando-os para convivência social. Muitos destes cidadãos são
egressos prisionais que precisam apenas de uma chance de recomeço.
As ações realizadas possuem foco na desconjunturação do fenomeno conhecido como população em situação de rua. Entendemos
que pessoa em situação de rua é uma situação passageira, por isso os procedimentos interventivos agem diretamente na causa
da expressão social apresentada.
Em conjunto com as demais áreas da rede socioassistencial , defendemos direitos violados e lutamos pelas suas garantias.
Não acumulamos números, todo usuário atendido é criteriosamente escutado sobre seus confrontos e orientados sobre os desafios que
representam os obstáculos no caminho, mas a sua determinação será importante no seu processo de superação.
Conheçam algumas histórias de vida que tem nos impulsionado a fazermos o nossos trabalho inunterruptamente com excelencia.
R.S. 44 anos, saiu de sua casa localizada na região metropolitana de Curitiba e foi encontrada desesperada na praça osório,
queria ajuda, não conseguia falar com fluidez, não sabia o que fazer, nem para onde ir, sugeriu que fosse internada para fazer
tratamento de crack,após o primeiro contato toda nossa equipe se mobilizou para saber quem era ela e identificar de onde viera
Na relação que se seguiu foi possivel falar com sua genitora pelo número que R.S. disponibilizou. Sua mãe comentou do amor grande
que sentia pela filha, estava com saudade dela e queria muito que ela voltasse para casa, a partir desta abertura R.S voltou
para sua família, foi acolhida pelo marido, reatou os laços de afeição com os filhos, está trabalhando como diarista e todos
os dias envia mensagens para o WhatsApp da Associação, está feliz pelo novo recomeço.
A.B.S e seu esposo A.L.O, vieram do interior do estado de São Paulo, queriam uma vida diferente daquela que viviam na sua cidade
de origem, no entanto estavam vivendo pelas ruas de Curitiba sofrendo abusos físicos e emocionais decorrente do uso do crack e
declarando que não encontrara o que havia vindo procurar nesta cidade.
Durante o processo de ressocialização efetuado, A.B.S, realizou entre muitos atendimentos da rede socioassistencial, o cadastro do
Auxilio Brasil,o que lhe proporcionou um mínimo de dignidade pessoal. Ela falou que havia deixado uma filha com sua mãe na cidade de
onde viera, queria voltar, arrumar uma casa para morar, arranjar um emprego, parar de usar drogas, queria mudanças na sua vida.
Na ocasião, o casal foi acompanhado até o Projeto Regresso da prefeitura e embarcaram de volta para casa, rumo a uma nova perspectiva
de vida.
E.S. saiu da penitenciária mas não possuia nenhuma rede de apoio. O filho M.A. de 26 anos, usuário de crack, estava em situação de rua
e o outro filho estava preso há mais de 9 anos, E.S. não via outra opção além daquela que considerava a melhor no momento, ficar com o filho,
dormindo pelas praças e hoteis sociais da prefeitura.
Durante o processo de ressocialização, ela e o filho abandoraram as ruas. Ela apesar do vício do crack, paga o aluguel de
um quarto no centro da cidade, faz uma diária semanalmente e está resgatando a sua vida aos poucos e seu filho foi trabalhar
numa ilha, que segundo ele, é linda, ele está muito feliz lá.
J.G.P.F. 43 anos, foi encontrado em total estado de embriagues pelas ruas de curitiba, durante o processo de ressocialização, ele
baixou o consumo do álcool a quase zero, arrumou sequencialmente três ocupações, a última foi para tomar conta em uma loja como pessoa de confiança.
J.G.P.F. achou um celular de última geração e ao invés de ficar com o celular para si, procurou o proprietário do aparelho. O dono do
celular era proprietário de algumas lojas e lhe prometeu um emprego, então ele foi e nunca mais foi visto caído pelas ruas.
M.B.M.J. 41 anos, cumpriu mais de 5 anos de prisão e quando sua pena foi arquiva, ele não sabia por onde iria começar sua vida,
estava perdido pela ruas de curitiba, sem esperança e sem nenhuma perspectiva, durante o processo de ressocialização, M.B.M.J. disse que
já havia tentando por todos os meios tirar seu título de eleitor, pois precisava dele para conseguir um emprego. Então, a Associação entrou
em contato com o Tribunal de Justiça do Paraná que enviou os documentos via WhatsApp no outro dia bem cedo e 60 dias depois, M.B.M.J. foi
registrado numa grande construtora e desde então abandonou as ruas.
Temos inúmeras histórias de pessoas que passaram pela Associação e hoje estão vivendo fora das ruas, reataram laços familiares, ou
simplesmente mudaram sua maneira de olharem o mundo. E isso só foi e é possivel, porque pessoas estão acreditando no potencial que cada
ser humano carrega, no seu poder de recuperação.